terça-feira, 22 de setembro de 2009

Pensar na morte como consequencia natural da vida é saudável, ainda que de vez em quando. Refletir sobre o quanto você está preparado para isto é um exercício diário, pode até parecer mórbido, mas não é. O que noto sempre é que a morte abate muito aqueles que ficam, entretanto passado o momento de choque o real aprendizado é desperdiçado. Falo da constatação do quanto efemera é nossa vida, e o quão rápido passa a nossa existencia. Penso em como desperdiçamos tempo e energia em coisas sem importancia, desprezando o que de melhor temos na vida. Me assombro em perceber pessoas que vivem tão mergulhadas na ilusão do mundo físico, que no momento do choque são arremessadas num turbilhão de verdades que as sacodem por dentro, mas que passados os primeiros momentos de dor gerados pelo apego e as falsas crenças entram novamente naquela torpez do espírito. A questão é:

Estou pronto para morrer hoje? O que fiz até aqui servirá para perpetuar a minha memória? Serei lembrado pelo que de melhor eu fiz, disse, realizei? Vivi o mais verdadeiramente que pude? Dei o melhor de mim? O mais puro de mim? As pessoas pelas quais me responsabilizei na vida estão bem encaminhadas? Conseguirão seguir adiante alertas e prontas?

Estes questionamentos são válidos para que você consiga enxergar o quão pronto está ou não para passar por esta experiência. Eu acredito na vida eterna e acredito que a humanidade irá evoluir para uma vida sem a morte do corpo. Mas até lá, precisamos encarar nossos limites, aceitar nossas fragilidades e viver o melhor possível. Semeando amor, gentileza, alegria e concórdia entre as pessoas.

Uma ótima semana a todos.

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